A dança das coisas
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A dança das coisas
Em algum ponto do espaço, em algum ponto do tempo, talvez em um universo paralelo que pode estar tão distante quanto estar perto, há alguém observando. Observando tudo. Observando tudo o que acontece em todo lugar, observando tudo o que acontece em todos os pontos do espaço em todos os pontos do tempo, observando as mais remotas dimensões paralelas e todos os acontecimentos que já aconteceram e ainda acontecerão.
Talvez você possa imaginar esse alguém como um humano, já que provavelmente é a forma com a qual você a inconscientemente vai imaginar e comparar-lhe. Pode pensar nele como você quiser, isso não faz diferença pois seu aspecto físico vai além de possuir uma forma, ele não tem uma forma e tem todas as formas, ele inexiste em sua existência. Podemos nos referir a ele como o Paradoxo.
Naquele momento o Paradoxo em toda sua infinita sabedoria decide convidar a Morte para um jogo de cartas sem regras, criado por ele próprio.
Talvez você possa imaginar esse alguém como um humano, já que provavelmente é a forma com a qual você a inconscientemente vai imaginar e comparar-lhe. Pode pensar nele como você quiser, isso não faz diferença pois seu aspecto físico vai além de possuir uma forma, ele não tem uma forma e tem todas as formas, ele inexiste em sua existência. Podemos nos referir a ele como o Paradoxo.
Naquele momento o Paradoxo em toda sua infinita sabedoria decide convidar a Morte para um jogo de cartas sem regras, criado por ele próprio.
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– Um momento... – pediu em murmúrio o homem que parecia conduzir o grupo e imediatamente todos obedeceram. Os olhares atônitos, buscavam encontrar o que quer que fosse, mas não viam nada além do musgo preso nas árvores, a lama sob a qual pisavam e a calma água do pântano que os cercava. Não havia sinal de nada.
– O que foi? – logo ousou um Curioso a perguntar, seguido de Silêncio Total. O Primeiro ergueu o dedo indicador voltando a sinalizar um pedido de Silêncio. Nem mesmo ele sabia ao certo o que era, ele também não via nada, mas podia sentir. Alguma coisa estava errada.
Longos segundos se estenderam e só o que podiam ouvir era a respiração uns dos outros. A água pantanosa e lamacenta começou a borbulhar e mais depressa do que puderam acompanhar um pegajoso tentáculo emergiu daquela mesma superfície, prendendo a perna de um Azarado. Perplexos, os outros não fizeram nada; o que podiam fazer? Nunca foi visto nada igual por nenhum deles, nem mesmo no mais louco sonho que já tiveram.
Tremiam de medo, agora tendo entendido o pedido do Primeiro; mas o Primeiro tampouco sabia o que estava acontecendo, não foi por aquilo que pediu por Silêncio. Reagindo só então foi que os mais próximos se afastaram daquela região – mas o que garantia que não estavam cercados por mais Tentáculos? A princípio passos lentos que se transformaram em rápidos e a seguir começou a corrida. A corrida por suas vidas.
Grunhido, baque, grito de socorro. Um novo Soldado que se foi. Maldito atalho, se soubessem o que ali havia certamente teriam preferido desviar-se do Pântano e atravessar o caminho mais longo. Mas agora já era tarde, o caminho de volta provavelmente era ainda mais longo do que o que tinham pela frente, e certamente tão perigoso quanto. Um por um, começaram a armar-se com suas facas ou os frágeis gravetos que pegaram pelo caminho. Inúteis contra aquilo. A cabeça pensava a mil, os pensamentos frenéticos, tão rápido quanto pensando quanto correndo.
Finalmente deixaram o Pântano sem novas perdas, mas incrivelmente abalados com o que viram. Por desgraça do destino, o final daquele atalho levava às propriedades de um rei louco que os confundiu com ladrões. Já estavam na mira dos arqueiros e foi dado o sinal de lançar flechas: todas certeiras.
– O que foi? – logo ousou um Curioso a perguntar, seguido de Silêncio Total. O Primeiro ergueu o dedo indicador voltando a sinalizar um pedido de Silêncio. Nem mesmo ele sabia ao certo o que era, ele também não via nada, mas podia sentir. Alguma coisa estava errada.
Longos segundos se estenderam e só o que podiam ouvir era a respiração uns dos outros. A água pantanosa e lamacenta começou a borbulhar e mais depressa do que puderam acompanhar um pegajoso tentáculo emergiu daquela mesma superfície, prendendo a perna de um Azarado. Perplexos, os outros não fizeram nada; o que podiam fazer? Nunca foi visto nada igual por nenhum deles, nem mesmo no mais louco sonho que já tiveram.
Tremiam de medo, agora tendo entendido o pedido do Primeiro; mas o Primeiro tampouco sabia o que estava acontecendo, não foi por aquilo que pediu por Silêncio. Reagindo só então foi que os mais próximos se afastaram daquela região – mas o que garantia que não estavam cercados por mais Tentáculos? A princípio passos lentos que se transformaram em rápidos e a seguir começou a corrida. A corrida por suas vidas.
Grunhido, baque, grito de socorro. Um novo Soldado que se foi. Maldito atalho, se soubessem o que ali havia certamente teriam preferido desviar-se do Pântano e atravessar o caminho mais longo. Mas agora já era tarde, o caminho de volta provavelmente era ainda mais longo do que o que tinham pela frente, e certamente tão perigoso quanto. Um por um, começaram a armar-se com suas facas ou os frágeis gravetos que pegaram pelo caminho. Inúteis contra aquilo. A cabeça pensava a mil, os pensamentos frenéticos, tão rápido quanto pensando quanto correndo.
Finalmente deixaram o Pântano sem novas perdas, mas incrivelmente abalados com o que viram. Por desgraça do destino, o final daquele atalho levava às propriedades de um rei louco que os confundiu com ladrões. Já estavam na mira dos arqueiros e foi dado o sinal de lançar flechas: todas certeiras.
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Os Tentáculos enfrentavam dificuldade com suas vítimas. O trio ainda não conhecia a aparência de seu raptor, mas lutavam com toda a vontade que tinham de viver; o Primeiro cortava as pontas pegajosas dos tentáculos que lhe prendiam mas estes voltavam sempre a se regenerar, resultando numa luta contínua que parecia apenas prolongar o inevitável. O Azarado, submergido, chutava cada vez que era puxado até que se soltasse, e por vezes conseguia buscar um pouco de ar para continuar a luta. Todo o barulho que faziam ecoava pelo Pântano, pois, como qualquer um que estivesse ali confirmaria, havia lá o Silêncio Total.
Quando conseguiram escapar por fim, e se viram livres mesmo que momentaneamente dos Tentáculos, foram pelo mesmo caminho que o resto do grupo seguiu. Novamente repito, era o caminho mais próximo para se livrarem do Pântano onde o perigo fantástico parecia residir.
Quando conseguiram escapar por fim, e se viram livres mesmo que momentaneamente dos Tentáculos, foram pelo mesmo caminho que o resto do grupo seguiu. Novamente repito, era o caminho mais próximo para se livrarem do Pântano onde o perigo fantástico parecia residir.
[continua...]
Byenza- Admin
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Re: A dança das coisas
Carai vei, curti muito, a introdução do Paradoxo e tal me fez até arrepiar kkkk
achei muito legal, e fora que deu um baita suspense, e to ansioso pra ler a continuação hahahahaha
como eu disse, sabia que você ia fazer uma boa historia
achei muito legal, e fora que deu um baita suspense, e to ansioso pra ler a continuação hahahahaha
como eu disse, sabia que você ia fazer uma boa historia
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